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Os Rejeitados: Um Mergulho Nas Relações Humanas e Na Nostalgia dos Anos 70

Juca Souza

Os Rejeitados

Aí, pessoal, já imaginou um filme que te puxa pela mão e te leva de volta aos anos 70, mexendo com aquele sentimento nostálgico que a gente nem sabia que tava guardado lá no fundo? Pois é, “Os Rejeitados” faz exatamente isso, e não é à toa que tá sendo considerado um dos melhores filmes de 2023. Olha só, a gente tá falando de um longa que não só faturou o Oscar, como também foi indicado a outras 197 premiações! Já deu pra sentir que o negócio é sério, né?

Alexander Payne e Paul Giamatti tão de volta, juntos outra vez, depois de duas décadas desde “Sideways — Entre Umas e Outras”. E, vou te contar, esse reencontro só trouxe coisa boa! O filme brilha, destacando o amadurecimento do Payne em lidar com os altos e baixos das relações humanas. Eles exploram, com uma delicadeza ímpar, a vulnerabilidade emocional dos personagens, focando naquele tipo de amor que, quando não correspondido, fica quase patético. E aí que tá a beleza: esse amor, mesmo assim, é universal e atemporal.

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Roteiro Que Nos Transporta Para os Anos 70

Agora, se liga no David Hemingson, que mandou tão bem no roteiro que ganhou uma indicação ao Oscar. Ele cria uma história que não só nos faz viajar para a década de 70, mas também traz uma mensagem que é atemporal. A fotografia do Eigil Bryld, com aquele visual mais granuladinho e as cores meio desbotadas, reforça ainda mais essa pegada nostálgica, fazendo a gente sentir como se estivesse preso num tempo indefinido, onde os sentimentos e as dores ficam revivendo eternamente.

Personagens Que Refletem a Solidão e a Busca por Liberdade

No centro de tudo isso, tá o Paul Hunham, interpretado pelo Giamatti. Ele é um professor de História Geral na Barton Academy, em Vermont, e sua presença na escola parece que vai durar para sempre. O lugar é regido por normas rígidas, disciplina e um controle quase tirânico sobre os alunos, que são garotos de 14 a 17 anos. O Giamatti manda muito bem como um professor que, ao mesmo tempo que age como uma figura paternalista, é também um guardião severo dos valores morais que guiam esses jovens, mas que, a qualquer momento, podem descambar para o caos.

A Dinâmica dos Estudantes e o Choque Social

E aí entra o Angus Tully, um adolescente bem padrão da classe média americana que fica no internato enquanto os amigos vão curtir férias luxuosas. A dinâmica entre os estudantes e as ausências familiares vai se desenrolando de maneira aparentemente leve, mas aí, de repente, surge a Mary Lamb, interpretada pela Da’Vine Joy Randolph, quebrando o silêncio e trazendo à tona discussões incômodas, mas necessárias, sobre as questões sociais e raciais da época.

A Representação das Mulheres Negras e as Feridas da Guerra

A Randolph entrega uma atuação que é de tirar o chapéu, representando uma cozinheira que perdeu o filho no Vietnã. Ela simboliza aquela invisibilidade das mulheres negras e explora o papel subalterno que elas foram forçadas a desempenhar naqueles tempos. E, olha só, essa atuação dela foi tão impactante que garantiu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, especialmente na cena da missa em homenagem ao filho. Esse momento é de arrepiar, ecoando o peso histórico das vidas sacrificadas em guerras e as cicatrizes emocionais que essas perdas deixam.

Os Rejeitados
Divulgação / Focus Feature

Reflexões Sobre a Solidão e a Busca por Redenção

À medida que a história avança, a relação entre o Paul Hunham e o Angus Tully vai ficando cada vez mais profunda. Esses dois acabam oferecendo pra gente momentos de reflexão sobre a solidão, o medo de fracassar e aquele desejo quase desesperado de encontrar liberdade num ambiente opressor. E, no fim das contas, “Os Rejeitados” se revela como uma meditação delicada sobre a condição humana. Cada personagem, do seu jeito, tá preso numa vida que não deseja, mas que, mesmo assim, busca um caminho pra redenção e pra autonomia.

Conclusão

Então, pessoal, “Os Rejeitados” não é só mais um filme pra gente ver e esquecer. Ele é uma daquelas obras que ficam ecoando na nossa mente, fazendo a gente pensar na vida, nas nossas próprias relações e nos caminhos que escolhemos seguir. A combinação de um roteiro brilhante, uma direção sensível e atuações de tirar o fôlego faz desse filme uma experiência que vale a pena ser vivida, e que, com certeza, vai deixar uma marca em quem tiver a oportunidade de assistir. Se você ainda não viu, corre lá no Prime Video e se prepare pra uma jornada emocional que você não vai esquecer tão cedo.

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